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domingo, 21 de junho de 2015

Projeto superando limites e dialogando com as diferenças através dos saberes.

Projeto superando limites e dialogando com as diferenças através dos saberes.

1.    IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO:

TEMA: Cultura e identidade, estranhamentos e desnaturalização através dos saberes: Comunicação para a Igualdade Étnico-Racial: Saberes e valores étnicos
PÚBLICO ALVO: Alunos da Educação  Infantil e do Ensino Fundamental e Médio.

DURAÇÃO: 1.  trimestre:  CULMINANCIA: Dia 18 de novembro que antecede o dia nacional da consciência negra. “20 Novembro- Zumbi dos Palmares”.

CARACTERÍSTICAS: Projeto interdisciplinar, envolvendo todas as áreas da Educação Infantil e do Ensino Fundamental e Médio de maneira integrativa e interdisciplinares e integradas através do Plano Político Pedagógico PPP.

3.    INTRODUÇÃO:

Como a educação escolar pode tratar no cotidiano a presença de tantas diferenças étnicas e suas nuances e diversidades e adversidades?
Há uma tendência nas “culturas” de destacar como positivas as praticas e valores que lhes são próprios, gerando conflitos desastrosos ou rejeição em relação ao que é diferente. Somos desafiados constantemente pela própria experiência humana a aprender a conviver com as diferenças. Como mudar as concepções de diversos indivíduos para que possa compreender que nenhum ser humano é melhor ou pior do que o outro de forma integradora e construída – palmilhada, passo a passo?
As discussões que surgem acerca das diferenças e diferentes formas de preconceito cultural abordam a necessidade de enfocar na educação escolar o trabalho com a diversidade existente na cultura brasileira, primando pela valorização e respeito ao outro e diversidades e bem como as adversidades.
É preciso compreender que antecedendo as  leis 10639/03 e 11.645/08 existiram e ainda existem percursos de lutas pela em prol de direitos iguais, da democracia. Dessa forma, o trabalho com esse tema requer um entendimento sobre as causas políticas, econômicas e sociais sobre o preconceito, desnaturalização e estranhamento principalmente dos estereótipos e dos preconceitos que normalmente são velados.
Esse projeto baseia no trabalho de diversos autores que tratam sobre a temática, mas as idéias principais foram extraídas da Lei 10639/03 e 11.645/08, do documento “Indagações sobre Currículo: Diversidade e Currículo” elaborado pelo Ministério da Educação por Nilma Lino Gomes (2008), MUNANGA, Kabengele & GOMES, Nilma Lino. Para Entender o Negro no Brasil de Hoje: História, Realidades, Problemas e Caminhos. São Paulo, Global, 2004.



4.    JUSTIFICATIVA:

Depois do levantamento realizado pelos educadores na escola acerca da formação extra-escolar dos educandos e da realidade sócio antropológica e geográfica e religiosa também e como não as contextualizações caracterizantes e tidas como determinantes sociais onde está inserida a escola, percebe-se grandes desafios referentes às diferenças e ao preconceito racial, principalmente sobre os afro descendentes como também o não conhecimento por parte dos educandos e alguns educadores sobre as raízes, a história e a cultura africana e afro descendentes e afroamerindia.
As situações conflituosas encontradas em salas de aula demonstram como as e os educandas e educandos e bem como o próprio contexto social em que vivem, carregam em si o preconceito, intolerâncias e xenofobias e outras que normalmente são veladas com foro social advindo de diversas circunstancias,  que vem se acumulando de geração em geração. Os casos mais extremos de violência ou bullyng, xenofobia e homofobia, racismo e vilipêndios e mesmo ataques de fúria e acessos de raiva quase patológicos, estão relacionados à aparência física (cor da pele, cabelos, gênero, recorte também geracional e como não a “pseuda classe social determinada pelo capital”, lugar de origem...) e religiosidade também e outro mote como a cada dia percebemos inclusive o recorte da Matriz Africana e afro-brasileira e afro ameríndia como as mais vilipendiadas e atacadas em seus discípulos (as) e seguidores (as).

Dessa forma, depois dos estudos realizados com os professores pretendemos avançar no trabalho sobre a questão citada, considerando a necessidade de desenvolver um projeto que possibilite alguns caminhos para a prática de ações que se efetive a partir do estudo e compreensão, com educandos, dos valores e identidades advindos do meio cultural em que vivem.

5.    OBJETIVO GERAL
Conhecer e valorizar a história e culturas africana e afro descendentes, bem como desenvolver o respeito às diferenças, repudiando qualquer forma de preconceito e ampliando seu conhecimento cultural reafirmando assim o compromisso publico com a educação diversa e de qualidade e acima de tudo laica.

6.    OBJETIVOS ESPECÍFICOS
  • Viabilizar práticas pedagógicas que ajudem na superação das diferenças culturais, ao invés de apenas abafá-las veladamente;
  • Conscientizar e discutir sobre o multiculturalismo e diversidades;
  • Pensar as relações entre Brasil e África fora de padrões estereotipados muitas vezes expostos nos livros de historia e na própria Historia eurocentrista;
  • Desenvolver um senso crítico sobre o preconceito racial, bem como trabalhar os valores humanos para que os educandos se fortaleçam como sujeito social e cidadão, indviduos-pessoas, ativas e promeminentes de suas próprias historias e de suas vidas protagonistas de uma nova sociedade equanime.
  • Repudiar formas de preconceitos, homofobias, lesbofobias e sexismos,  xenofobicas e intolerantes e esteriotipadas e outras fobias.
  • Valorizar a cultura negra e seus afro-descendentes e afro-brasileiros,  e afroamerindios na escola e na sociedade na historia de nosso povo e de nossa identidade afirmativa;
  • Entender e valorizar a identidade da criança negra;
  • Redescobrir a cultura negra, ao longo do tempo principalmente com seus heróis e heroínas e como não extirpar o estereótipos do “escravo” e da subveniência principalmente grafada nos livros outrora didáticos.
  • Desmitificar o preconceito relativo aos costumes e valores cosmogônico e religiosos provindos da cultura africana, afro-brasileira e afroamerindia
  • Trazer à tona, discussões provocantes, por meio das rodas de conversa, para um posicionamento mais crítico frente à realidade social em que vivemos.

7.    DESENVOLVIMENTO:

O desenvolvimento desse projeto estará em consonância com as necessidades das turmas e a realidade local escolar e contextualização regional e comunitária, O tema será desenvolvido na sala de aula por meio de atividades para a sua exploração, sistematização e para a conclusão dos trabalhos. Os educandos devem fazer observações diretas no entorno familiar e comunitário,  observações indiretas em ilustrações e/ou vídeos, experimentações e leituras. Para tanto vamos utilizar: 
·         História: “Menina bonita do laço de fita”;
·         Exibição de filmes como Kiricu e Herois de todo Mundo a Cor da cultura CANAL FUTURA/SECADI/SEPPIR;
·         Promover reflexões positivas de reportagens jornalísticas e textos da atualidade tratam sobre o tema;
·         Audição, análise e ilustração de músicas que retratem o tema;
·         Ilustrações dos trabalhos de Candido Portinari – “Menina com tranças e laços” fazendo uma analogia com o livro “Menina bonita do laço de fita” e “cabeça de negro”;
·         Estar em contato com músicas da cultura africana como o samba, a batucada e as musicas dos povos tradicionais de matriz africana de terreiros;
·         Produção em artes com sucatas;
·         Assistir e participar de uma apresentação de capoeira e de uma roda de candomblé na escola;
·         Hora da história: inserção de leituras sobre a temática nos 30 minutos de leitura semanal, durante a execução do projeto;
·         Verificação do caminho geográfico feito da África para o Brasil por meio do mapa mundi;
·         Confeccionar cartazes – recorte, pintura e colagem - com fotos de revistas que tratam da diversidade étnica brasileira e a cultura negra no Brasil;
·         Expor e contextualizar comidas, saberes e fazeres da identidade negra no Brasil;
·         Realizar brincadeiras e jogos infantis:
·         Construção de uma máscara africana utilizando materiais recicláveis;

  1. RECURSOS:

  • Filmes, Músicas, DVDs, CDs, Data show, Laptop, Materiais de desenhos e pintura, Livros de histórias africanas ou que retratem o tema, Mapa mundi, Reportagens jornalísticas, Obras de Cândido Portinari, Sucatas, Revistas, Jornais, Modelos de jogos e brincadeira africanos.

  1. AVALIAÇÃO:

A avaliação acontecerá durante todo o processo educativo, de forma contínua e diagnóstica; com a intenção fundamental de revisitar a prática pedagógica possibilitando o estímulo aos educandos e professores e a prorpria comunidade escolar para desenvolverem-se suas potencialidades levando em conta, principalmente, os avanços individuais dentro da coletividade e a participação no decorrer das atividades do projeto, de acordo com as peculiaridades de cada turma.

10. REFERÊNCIAS:

BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das relações Étnico–Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. Brasília: MEC, 2005. 35p. 

MACHADO. Maria Helena. Menina bonita do laço de fita. São Paulo-SP. Ed. Ática, 2007.

GOMES, Nilma Lino. Indagações sobre currículo: diversidade e currículo.

BRASÍLIA: Ministério da Educação, Secretaria da Educação Básica, 2008.

BRANDÃO, Carlos Rodrigues. 1986. Identidade e Etnia: Construção da Pessoa e Resistência Cultural. Editora Brasiliense, São Paulo.

MESURE, Sylvie & RENAUT, Alain. Alter Ego. Les Paradoxes de l’Identité Démocratique. Paris, Aubier, 1999
 MUNANGA, Kabengele. Negritude: Usos e Sentidos. 2a ed. São Paulo, Ática, 1986. ________. Rediscutindo a Mestiçagem no Brasil: Identidade Nacional Versus Identidade Negra. Belo Horizonte, Autêntica, 2004.
MUNANGA, Kabengele (org.). Estratégias e Políticas de Combate à Discriminação Racial. São Paulo, Edusp, 1996.
MUNANGA, Kabengele & GOMES, Nilma Lino. Para Entender o Negro no Brasil de Hoje: História, Realidades, Problemas e Caminhos. São Paulo, Global, 2004.
Revista Nova Escola. Vários autores. São Paulo-SP – edição de Nov. 2004 e 2005.  @ http://www.portinari.org.com.br


https://www.youtube.com/watch?v=7FxJOLf6HCA

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