Exposição fotográfica mostra detalhes de rituais dos xangôs do Recife | Foto: Divulgação
Na última segunda (29) foi aberta - na Galeria da Biblioteca Central da Universidade Federal de Pernambuco - a exposição Pierre Verger e os Cultos Afro-Brasileiros no Recife, em Homenagem ao Centenário do médico, professor e antropólogo René Ribeiro. A mostra fica em cartaz até o dia 14 de dezembro deste ano, com visitação de segunda a sexta-feira, das 08h às 21h.
As fotografias expostas são resultado das frequentes visitas de Verger a vários terreiros recifenses no ano de 1946. Levado pelo amigo René Ribeiro, em verdadeiras incursões etnográficas, o fotógrafo e etnólogo francês realizou um ensaio tido como pioneiro por retratar o transe no campo ritual afro-brasileiro. As fotos já haviam sido publicadas na primeira edição do livro de René, intitulado Cultos Afro-brasileiros do Recife, em 1952.
Pierre Verger pesquisou e documentou largamente os cultos de matriz africana em Pernambuco e (com maior ênfase) na Bahia nas décadas de 40 até 80. Ele chegou a fixar moradia na cidade de Salvador onde tornou-se devoto do candomblé. Entre vivências em terreiros bahianos e viagens à África, o fotógrafo acumulou vários títulos religiosos e acabou tornando-se babalawo (um adivinho do jogo do Ifá, espécie de oráculo do candomblé) e foi rebatizado sob o nome de Fatumbi (nascido de novo graças a Ifá). Na casa onde morou, na capital bahiana, funciona hoje a Fundação Pierre Verger que trabalha para preservar, organizar, pesquisar e divulgar sua obra.
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